"As Forças Armadas ucranianas bombardeiam as repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) a cada dia. Isso dá razão para acreditar que o conflito vai escalar até que a nova administração chegue ao poder na Casa Branca", acha Kolesnichenko.
Na opinião dele, é pouco provável que a equipe de Trump siga a linha das políticas do presidente cessante Barack Obama em relação à Ucrânia. Kolesnichenko aponta que a postura de Trump é bem diferente e que a Europa já está cansada da questão ucraniana:
"É como uma facada no coração de Kiev", compara.
Além disso, Kolesnichenko comentou a chegada de conselheiros estrangeiros à Ucrânia, com objetivo de treinar as Forças Armadas do país, caracterizando-os como "mercenários que trabalham por dinheiro". No entanto, de acordo com ele, o papel destes conselheiros "não deve ser subestimado" e que estes realmente representam um perigo, sendo "capazes de levar a cabo ataques de sabotagem que acontecem com frequência em Donbass".
"Ninguém quer combater. Mas quando um animal agressivo está morrendo, ele é capaz de causar grandes danos. As Forças Armadas da Ucrânia são perigosas; elas têm medo de si próprias", conclui Kolesnichenko.
As autoridades da Ucrânia continuam realizando desde fevereiro de 2014 uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) que, preocupadas com a política das novas autoridades do país, decidiram ficar juntas e formar a região de Donbass, rejeitando a legitimidade do novo gabinete em Kiev.