LIVE WikiLeaks press conf responding to CIA report on US election. Tweet your question with #AskWL affixed! https://t.co/F7HX96WgLk
— WikiLeaks (@wikileaks) 9 de janeiro de 2017
Aqui você pode acompanhar a transmissão no Periscope.
O relatório da CIA em questão trata da alegada interferência da Rússia nas presidenciais estadunidenses de 2016, quando o republicano Donald Trump venceu, derrubando as previsões das enquetes e especialistas.
Julian Assange, fundador do WikiLeaks, qualificou este relatório como um "comunicado de imprensa", cuja finalidade é produzir "um efeito político".
Ele disse que o documento tem um "peso nulo como evidência".
Até ao ponto de os autores dele nem saberem quando foi hackeado o Comitê Democrático Nacional (DNC), estado-maior da campanha da democrata Hillary Clinton.
Sem falsificação
Comentando as acusações de relatórios e vazamentos falsificados, o fundador do WikiLeaks disse que não há falsificação ou fraude informacional em nenhuma publicação do site do grupo.
You sure go-between didn't get material from Russian govt or private cyber hacking groups acting on orders by Russian govt entities? #AskWL
— Dominique vanHeerden (@dominiquecnn) 9 de janeiro de 2017
Já à pergunta sobre se a fonte dos vazamentos sobre a campanha de Hillary Clinton estaria ligada ao governo da Rússia, Assange respondeu que a fonte não tem ligações governamentais.
"Nós estamos empenhados em proteger as nossas fontes. Se a nossa fonte fosse um Estado, nós teríamos muito menos empenho em protegê-la", disse.
Americanocentrismo
Outra pergunta tratou sobre o eventual "americanocentrismo" do WikiLeaks, alegando que o site deixou de publicar vazamentos sobre política internacional.
How come you guys don't tweet on international leaks anymore? It's become incredibly US-centric #askWL
— Autocorrect (@JazzPineapple) 9 de janeiro de 2017
Respondendo, Julian Assange sugeriu que todo o mundo está interessado em conhecer vazamentos dos EUA, sendo este país uma potência mundial que tem bases militares instalados pelo planeta inteiro.
A resposta frisou que os membros da equipe do WikiLeaks se tornaram "os principais especialistas em assuntos do Departamento de Estado dos EUA e <…> Hillary Clinton".
"No que toca a Trump, é uma situação interessante, a população dos EUA se virou contra a elite. Quando as elites deixam de ouvir a população, a população deixa de ouvir as elites", disse Assange, ressaltando que "Donald Trump é aquilo que as elites não gostam".