'Oposição venezuelana quer derrubar Maduro da mesma maneira que queria derrubar Chávez'

© AFP 2023 / Federico ParraAmérica Latina presta homenagem a Hugo Chávez no segundo aniversário da sua morte. 27 de fevereiro de 2015, Caracas, Venezuela.
América Latina presta homenagem a Hugo Chávez no segundo aniversário da sua morte. 27 de fevereiro de 2015, Caracas, Venezuela. - Sputnik Brasil
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A Sputnik conversou com o jornalista argentino Pedro Brieger sobre a medida tomada nesta segunda-feira (9) pela Assembleia Nacional da Venezuela, ou seja, declarar o “abandono do cargo” pelo presidente do país Nicolás Maduro.

"A oposição venezuelana, que controla a Assembleia Nacional, quer derrubar o presidente Nicolás Maduro da mesma maneira que queria derrubar Hugo Chávez", disse à Sputnik Mundo o jornalista Pedro Brieger, diretor do portal de notícias Nodal.

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Em 9 de janeiro, a Assembleia Nacional venezuelana aprovou por maioria declarar o "abandono do cargo" pelo presidente do país, Nicolás Maduro. A maioria oposicionista do Parlamento venezuelano assegurou que em várias ocasiões Maduro atuou à margem da Constituição e que "a ineficácia" das suas políticas gerou a crise econômica que o país está enfrentando.

Para Brieger, é mais uma demonstração de algo que vem acontecendo no país bolivariano já faz muito tempo. Segundo ele, a oposição tem intuito de derrubar todos os responsáveis oficiais chavistas em várias ocasiões, mas nunca o conseguiram. No ano de 2002, eles tentaram efetuar um golpe de Estado, mas falharam sem imaginarem que Chávez voltaria graças ao apoio popular, recorda o jornalista.

"Nos princípios de 2016, o fato de triunfarem e conseguirem a maioria na Assembleia Nacional os fez pensar que o chavismo estava acabado. Estavam tão convencidos em sua narrativa que o diziam abertamente e começaram a se mobilizar para conseguir seu derrube, mas não se atreveram a tomar o Palácio de Miraflores [sede do governo] porque se deram conta de que não era possível", indicou.

Esta impossibilidade surge, segundo o jornalista, porque o chavismo tem uma base social "muito forte" com uma grande capacidade de mobilização.

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"É um movimento que está disposto a defender o poder construído desde as eleições ganhas por Chávez em 1998", assinalou.

"A oposição enfrenta obstáculos ao tentar destruir o chavismo como movimento político. Este é o objetivo que eles perseguem tanto por via institucional como por via da mobilização. O que se passa é que somos a maioria neste país, segundo demostraram os sucessivos períodos eleitorais", concluiu.

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