"Parece que o Ministério da Defesa, ao descrever o sistema de cargos na direção do Exército Popular norte-coreano, ignorou a importância primordial do Partido Trabalhista da Coreia do Sul", disse em entrevista à Sputnik Coreia o analista do Instituto de problemas do Extremo Oriente da Universidade de Kyungnam, Kim Dongyeop.
Segundo ele, o Livro Branco indica o presidente do Conselho de estado da Coreia do Norte como o comandante supremo das Forças Armadas norte-coreanas, que exerce funções semelhantes as exercidas pelo presidente da Coreia do Sul.
"No sistema de direção do exército, órgãos de partido possuem grande importância, tendo o Estado simplesmente como instrumento de realização de diretivas, que são determinadas pelo partido", disse Kim.
Sendo assim, a direção do exército pertenceria ao partido e não ao Conselho de Estado, de acordo com Kim.
Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Han Min-goo, não descarta a potencialidade das Forças Armadas da Coreia do Norte, alertando a importância de aumento de investimentos na área de defesa, que já ultrapassam os da Coreia do Norte.
Segundo o Livro Branco, o número de efetivos das Forças Armadas da Coreia do Norte equivale a mais de 1,28 milhão, sendo o dobro do exército da Coreia do Sul (625 mil efetivos). Já os indicadores de qualidade do exército sul-coreano ultrapassam os do norte-coreano, mas não entram em detalhes quanto a isso no documento.
Em maio do ano passado, Han Min-goo comunicou a redução de despesas com a defesa se comparadas as da Coreia do Norte, mesmo assim, especialistas afirmam que, na verdade, existe a possibilidade de nação sul-coreana gastar 40 vezes mais do que a Coreia do Norte na área em questão.