"Acho bonito, mas não dá para mostrá-la no trabalho. Só dá pra mostrar com roupas nos momentos de lazer. É saudável estar bronzeada e é bonito mostrar a marca!", disse à Sputnik Mundo, Tatiana Yonekawa, brasileira licenciada em Relações Internacionais.
Sputnik perguntou aos homens se eles também gostam da marquinha do bronzeado, popular no Brasil. Ivan Silva, de 32 anos, adora. "Eu gosto principalmente da marquinha da parte superior do biquíni, mas que não seja nem muito larga nem muito fina, se não, fica feio", opinou.
"O tema é o contraste", considerou o uruguaio Andrés Saavedra, de 38 anos. No seu ponto de vista, um contraste na pele cai bem. Outro uruguaio, Rodrigo Salamano, de 28 anos, observou que se trata de um costume "complicado", que obriga a mulher a usar o mesmo biquíni todo o verão para que a marca não fique assimétrica.
"O encontro totalmente sexy, é atraente, sensual", comentou o chileno Roberto Aceeiton, de 40 anos. Para o colombiano Carlos Beltrán, de 31 anos, "é sexy, mas não muito importante". "Se tem, legal, se não…", afirmou. Já o argentino Francisco Lucotti, de 31 anos, não acha a marquinha sexy.
"Não faz diferença, mas se é para classificar como sexy, a marquinha não é algo que chame minha atenção", afirmou o acupunturista brasileiro Thiago Lima, de 36 anos. No entanto, o brasileiro Danilo Silvestre, de 33 anos, gosta da "marquinha tradicional". O publicitário disse que alguns modelos de biquíni deixam marcas "nada" atraentes.
Em busca da marca perfeita, algumas mulheres apelam para métodos criativos como delinear o corpo com fita adesiva e até mesmo se bronzear em jardins, terraços privados e nas tão conhecidas lajes. Clínicas de bronzeamento estão recebendo mais e mais clientes.
Apesar da aparente novidade, a jornalista brasileira, Lívia Duarte, contou à Sputnik, que, nos anos 90, técnicas "bizarras" de bronzeamento já eram praticadas.
"Eu, particularmente, não gosto, mas é verdade que é algo considerado sexy no Brasil. Lembro na infância, quando houve uma moda de colar fita adesiva na cintura para ter a mesma marca que [a bailarina] Carla Perez, era horrível", lembrou.
Em diálogo com a Sputnik Mundo, a dermatologista Mônica Linhares alertou para os riscos de uma exposição ao sol com materiais como fitas adesivas ou isolantes que podem causar diversos tipos de dermatite ou urticária, especialmente no calor. De acordo com a especialista, é possível obter a marca, mesmo sem se expor ao sol, com cremes de bronzeamento "eficazes e seguros".
"Se a pessoa realmente quer se bronzear, o ideal é fazê-lo de forma responsável, pouco a pouco, nos horários em que o sol está mais baixo, usando cremes com fator de proteção 30, em todo o corpo, e protegendo o rosto com um chapéu e óculos escuros", reforçou a dermatologista, diretora de uma clínica de estética no Rio de Janeiro.
A Organização Mundial de Saúde estima que anualmente "são diagnosticados entre dois e três milhões de cancros de pele e mais de 130 mil melanomas malignos" causados, principalmente, pela "exposição a radiações ultravioleta da luz solar".