Segundo a Professora Tânia Carvalho Netto, "a Universidade do Estado do Rio de Janeiro vem lutando bravamente desde o final de 2015 pela sobrevivência da instituição. A atual diretoria, que assumiu a condução da UERJ em janeiro de 2016, continua lutando bravamente por esta causa junto com seu corpo de funcionários, servidores, técnicos, docentes e alunos. A luta é que para que as atividades acadêmicas e administrativas se desenvolvam sem prejuízo da formação dos nossos estudantes."
Em entrevista à Rádio Sputnik Brasil, Tânia Carvalho Netto declarou que "a carta tornada pública pelo Reitor Ruy Garcia Marques e uma outra carta, anteriormente enviada às autoridades estaduais pela Vice-Reitora Maria Georgina Muniz Washington, deixaram bem claro que as atividades da UERJ assim como as das outras instituições mantidas pela Universidade como o Hospital Universitário Pedro Ernesto e a Policlínica Piquet Carneiro, só poderão prosseguir se os salários e os benefícios sociais do ano de 2016 forem integralmente pagos aos servidores, pensionistas e outros beneficiários. Da mesma forma, devem também ser pagas as bolsas dos estudantes e os serviços prestados pelas empresas de manutenção. Sem ter salários pagos aos seus funcionários, eu não sei como a Universidade conseguirá manter seus serviços e continuar aberta."
Nesta quinta-feira, uma grande manifestação organizada pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina da UERJ foi realizada diante do Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel. Munidos de cartazes, os manifestantes protestavam contra a situação de abandono do Hospital e da própria UERJ além de cobrar providências imediatas das autoridades.
Na véspera desta manifestação, servidores administrativos da UERJ que estão sem receber salários desde novembro, haviam decidido entrar em greve na próxima segunda-feira, 16 de janeiro.
Na carta que enviou ao governador Luiz Fernando Pezão, o Reitor Ruy Garcia Marques destacou a situação precária de funcionamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro devido ao atraso dos pagamentos bem como do repasse de verbas para a instituição. No documento, intitulado "A UERJ e o Futuro do Rio de Janeiro", Ruy Garcia Marques afirma:
"Desprezar o ensino superior, a Pós-Graduação e a Pesquisa é apostar na miséria, na violência e num futuro sem perspectivas positivas. Forçar o fechamento da UERJ é não pensar no futuro de nosso estado e de nosso país."