“Não há por parte do Ministério e também da Anatel nenhuma intenção de reabrir a questão”, disse Juarez Quadros, que preside a agência reguladora.
A afirmação parece destoada da fala do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab. Em entrevista ao Poder360, Kassab afirmou que a Anatel e o governo deveriam tomar uma decisão sobre a franquia nos planos de internet até o segundo semestre de 2017 e que os pacotes de acesso limitado voltariam a ser liberados.
O Ministério, por hora, não confirma nem nega a informação. Em uma nota cheia de dedos e com palavras cuidadosamente escolhidas, a pasta disse que vai atuar "para que o direito do consumidor seja respeitado", mas não deixa claro como vai cuidar da questão. Termos como "em observância ao Código" e "podem indicar" despertaram desconfiança de internautas.
“O governo federal vai atuar para que o direito do consumidor seja respeitado e para que não haja essa alteração em observância do Código de Defesa do Consumidor. O MCTIC aproveita para esclarecer também que os estudos, quando finalizados, podem indicar que o melhor modelo é o ilimitado, com isso governo federal deverá mantê-lo".
Ameaça
Mais cedo, o grupo hacker Anonymous divulgou nota em que ameaçava o ministro. Pouco depois da publicação da matéria no G1, os hackers voltaram ao Facebook vazando dados de Kassab. Informações como endereço completo, contas de poupança, participação acionária em empresas, entre outros.
"Esse vazamento é uma pequena demonstração do que somos capazes de fazer contra um governo que parece ter perdido o medo do povo. Não tem problema, nós estamos aqui para lembrá-los. A base de dados da Anatel é nossa, e os dados do Ministro fanfarrão é de todos", afirmaram ps ativistas pela rede social.