Segundo o pesquisador Timothy Higham da Universidade da Califórnia Riverside, "na natureza, todos os confrontos entre predadores e vítimas são exclusivos se comparados com os de laboratório".
"As tecnologias modernas nos permitiram compreender o que exatamente é uma caça ou a fuga de um predador bem-sucedida, também, aproximar-se em desvendar fatores evolutivos relacionados a predadores e suas vítimas", acrescenta.
Ao colocar imagens-armadilhas, os pesquisadores as conectaram a um computador e acompanharam a caça de serpentes. Nas filmagens foram utilizadas câmeras de alta precisão infravermelha capazes de receber 500 imagens por segundo em 3D.
O teste revelou que serpentes não acertam suas vítimas (roedores-saltadores, Dipodomys merriami) com frequência, especialmente quando a vítima sente a presença do predador.
De acordo com os experimentos, apenas metade dos ataques das serpentes foram bem-sucedidos.
Higham explica que a "corrida de armamentos" do mundo animal obrigou aos saltadores aprenderem a guardar energia potencial para liberá-la em situações críticas.
Em breve, os autores do artigo pretendem realizar testes semelhantes com outras víboras e roedores. A questão seria: a cascavel realiza o ataque com velocidade de movimento e aceleração em tempo recorde?