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Comissão de Direitos Humanos critica terceirização no sistema penitenciário do país

© Divulgação/CDHMComissão De Direitos Humanos visita a Cadeia Pública de Manaus
Comissão De Direitos Humanos visita a Cadeia Pública de Manaus - Sputnik Brasil
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Depois de realizar uma vistoria nos presídios de Manaus, no Amazonas, para verificar a situação das cadeias onde ocorreram rebeliões, que deixaram 64 mortos, os deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara fizeram um balanço onde criticam a precariedade dos serviços prestados após a terceirização dos presídios.

Segundo o presidente da Comissão, deputado Padre João (PT-MG), após visitar o complexo penitenciário, as famílias dos detentos e se reunir com as autoridades locais, o parlamentar disse que o sistema carcerário ficou mais violento após a terceirização de serviços nos presídios.

"É um pouco, confesso, assustador porque a gente percebe que todo o processo está falido e precisa de correções urgentes em todo o sistema e tudo o que envolve também a vida do preso. Porque o sistema ficou mais violento quando foi terceirizado. Porque quando uma empresa ganha a terceirização elas 'quarteirizam' determinado serviço. Você precariza ainda mais: o serviço é pior porque o lucro deve ser maior. Então, é um processo de fato perverso que não cabe. Podemos até discutir terceirização em outros setores, mas no sistema prisional não cabe, não comporta."

Padre João defende mudanças no sistema prisional brasileiro. Para o deputado encarcerar apenas não é a solução, é preciso haver um programa de recuperação do detento. "Mas vai ficando cada vez mais claro que não basta encarcerar, que não é a forma, o tratamento. Nós temos que garantir de fato a recuperação dessas pessoas porque as pessoas que estão no presídio saem muito mais fortalecidas pelas facções criminosas, doutrinadas, e saem com tarefas muito bem definidas por essas facções que controlam os presídios."

Durante a visita no Complexo penitenciário do Amazonas, Padre João relatou que a comissão de Direitos Humanos da Câmara que também contou com a presença do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) interferiu e conseguiu liberar a entrada de alimentos para complementar as refeições dos internos.

O próximo passo da Comissão será visitar o sistema penitenciário em Boa Vista, em Roraima, onde morreram mais de 33 presos. O tema ainda segundo Padre João será debatido durante os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara a partir de fevereiro.

Nas redes sociais Padre João postou um vídeo dando mais detalhes sobre a vistoria nos presídios de Manaus.

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