"A eleição de Donald Trump à presidência dos EUA após uma campanha fomentando ódio e intolerância, e o crescimento da influência de partidos políticos na Europa que rejeitam direitos universais, colocaram em risco o sistema de direitos humanos do pós-guerra", afirmou a Human Rights Watch em relatório publicado em seu site em 13 de janeiro.
A organização também adverte o mundo para ficar em alerta contra a tirania no contexto de vitórias populistas.
World Report 2017: Demagogues Threaten Human Rights | Trump, European Populists Foster Bigotry https://t.co/VDez82qjMv #WR2017 pic.twitter.com/Imuzdi5WYb
— Human Rights Watch (@hrw) 12 de janeiro de 2017
O relatório de 687 páginas aborda questões de direitos humanos em mais de 90 países, mas os EUA e Trump tiveram uma menção específica no artigo do diretor-executivo da organização, Kenneth Roth, intitulado "The Dangerous Rise os Populism" ("A Perigosa Ascensão do Populismo", em português), no qual ele argumenta que Trump chegou à vitória usando a "Política de intolerância".
"O aumento do populismo representa uma profunda ameaça aos direitos humanos", diz Kenneth Roth.
"Trump e vários políticos na Europa procuram o poder através do apelo ao racismo, xenofobia, misoginia e nativismo. Todos eles afirmam que o público aceita que violações dos direitos humanos sejam supostamente necessárias para garantir empregos, evitar mudanças culturais ou prevenir ataques terroristas. O desrespeito pelos direitos humanos oferece o caminho mais provável para a tirania", afirmou.