A declaração veio como resposta às observações feitas por Trump em sua entrevista ao Wall Street Journal na sexta-feira (13), quando o presidente eleito disse que poderia considerar o fim do acordo de longa data com Pequim sobre o estatuto das relações com Taiwan. "Tudo está em negociação, incluindo a 'uma só China'", disse Trump durante a entrevista.
Depois de ganhar a eleição presidencial nos EUA, o republicano recebeu um telefonema da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, que o parabenizou pela vitória. O magnata agradeceu a Ing-wen pelos parabéns, provocando os protestos de Pequim.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse em entrevista coletiva neste sábado que "o princípio de uma só China é a pedra angular do desenvolvimento saudável das relações [sino-americanas], e não queremos nenhuma interferência ou destruição desse fundamento político".
Trump, então, chamou toda a situação de “hipócrita”, salientando que os EUA "podem vender a eles [a Taiwan] US$ 2 bilhões nos melhores e mais recentes equipamentos militares, mas não estamos autorizados a aceitar um telefonema".
Os EUA reconheceram Taiwan como parte de "uma só China" em 1979, embora continuem a manter relações com a ilha.