Kremlin responde à proposta de trocar Donbass pela Crimeia

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Crimeia, Rússia. Vista de Yalta a partir do mar Negro - Sputnik Brasil
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A própria Ucrânia desiste de Donbass ao abandonar suas obrigações sociais. Moscou, por sua vez, faz todo o possível para regular a situação, disse aos jornalistas o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, na quarta-feira (18).

"A Rússia está fazendo todo o possível para contribuir para a regularização do conflito interno ucraniano. Principalmente para que a própria Ucrânia não desista destas repúblicas, pois o bloqueio absoluto destas regiões quanto ao cumprimento de obrigações sociais, pagamento de pensões, existência de infraestruturas, prova que foi Kiev quem deu as costas para Donbass. É um problema muito grave", disse Peskov ao comentar a proposta da deputada ucraniana, Nadezhda Savchenko, sobre a troca da Crimeia por Donbass.

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O porta-voz do Kremlin sublinhou que a Rússia faz todo o possível para influenciar sobre as partes do conflito para que cumpram as suas obrigações.

Peskov frisou que, com o descumprimento das obrigações sociais por Kiev, os obstáculos entre Donbass e Kiev somente se intensificam.

Crimeia não é assunto aberto à discussão, afirmou o político russo.

"Para a Federação da Rússia este assunto é absolutamente indiscutível. Não discutimos o estatuto, a situação e o futuro das regiões russas, pois isso não está aberto à discursão com ninguém", disse Peskov respondendo à questão se o Kremlin está pronto para influenciar sobre repúblicas não reconhecidas para atingir o reconhecimento da Crimeia como território russo.

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A proposta da deputada da Suprema Rada, Nadezhda Savchenko, é irreal porque não será apoiada pelos residentes de Donbass, disse o presidente do parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov.

"[A declaração de Savchenko] não tem nada a ver com a realidade. É preciso ir para lá e perguntar às pessoas, agora a situação está ainda mais difícil… É preciso partir da opinião das pessoas, dialogar com elas. Querem isso? Perguntem-nas e compreenderão que [Ucrânia] está falando de coisas absolutamente irreais", disse Konstantinov.

A Crimeia reunificou-se com a Rússia depois do referendo realizado em março de 2014 depois do golpe de Estado na Ucrânia. Mais de 95% residentes da península votaram pela entrada na Rússia.

Quanto a Donbass, em abril de 2014, residentes de regiões de Donetsk e Lugansk, que não reconheceram a legitimidade do golpe de estado ucraniano, anunciaram a criação de "repúblicas populares". Em maio, as repúblicas citadas acima declararam a sua soberania.

Kiev não as reconheceu como repúblicas, chamando-as de "territórios ocupados".

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