Dos 30 deputados na bancada paranaense, menos de dez apoiam a iniciativa até o momento segundo informações do Estadão. Eles acreditam que a indicação de Moro pode melhorar a imagem dos parlamentares que votaram pelo pacote das medidas de combate à corrupção, bastante criticadas e alvo de manifestações de repúdio em todo o país.
Se indicado, Moro precisaria ser submetido a uma sabatina no Senado e receber a aprovação de investigados pela operação no STF. Por julgar ações na Primeira Instância, sua eventual confirmação como ministro poderia causar atrasos nos julgamentos, já que Moro se veria obrigado a declarar-se impedido de analisar alguns casos.
Ao Estadão, porém, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Osmar Serraglio disse que apoia a indicação porque Moro não atuaria em questões que julga em Curitiba.
"As questões da Lava Jato em Brasília não estão sendo investigadas por ele", argumentou.
Michel Temer ainda não se manifestou publicamente sobre nomes para a vaga de Teori. Pelo apelo popular da Operação Lava Jato, ainda permanece desconhecido o procedimento quanto às delações da Odebrecht que o ministro homologaria no retorno do recesso jurídico: o processo pode ser redistribuído pela presidente do Supremo, Carmen Lúcia ou, caso o Regimento da casa seja seguido, ficarem a cargo do substituto do ministro falecido.
Informações de bastidores dão conta que Temer tenta fazer um acordo para redistribuição dos processos para diminuir a pressão de aliados políticos e da sociedade pela indicação de um substituto à Corte.