Depois do enfrentamento entre presos de facções rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Sindicato do Rio Grande do Norte, detentos do Presídio de Alcaçuz declararam morte ao governador do estado, Robinson Faria.
“Esse governador vai chorar e muito antes de morrer”, disse um preso em uma conversa interceptada pela Polícia.
Faria assumiu hoje que a situação dentro do presídio é tensa e que teme pela vida da família.
“Tenho seis filhos”, disse Robinson Faria, que agora anda com quatro seguranças e carro blindado.
Na noite de ontem, militares do Batalhão de Choque invadiram as instalações do Presídio de Alcaçuz para tentar acalmar os ânimos e conter os detentos. Um cordão de isolamento humano foi instalado entre as duas facções criminosas até a construção de um muro físico que vai separar os presos.
O governador vai se reunir hoje na sede do governo, no bairro de Lagoa Nova, com os secretários da pasta de Justiça e Cidadania para tratar da crise penitenciária. Está previsto também o início da intervenção da Polícia Militar no presídio de Alcaçuz.
Precaução
Por medidas de segurança, a circulação de ônibus foi interrompida em Natal pelo segundo dia hoje, depois de dois ônibus e uma delegacia serem atacados na madrugada desta sexta-feira. Segundo a agência Brasil citando informações da Secretaria de Defesa Social do estado, já são 34 ocorrências – princípio de incêndio ou incêndio – em veículos e prédios públicos.