Em entrevista ao serviço russo da rádio Sputnik, Golub informou que, devido à guerra contínua no leste ucraniano, tal decisão do parlamento do país parece ser "provocatória":
"O governo ucraniano não esconde o fato de contar com o apoio de exércitos e especialistas estrangeiros tanto na política externa, como na interna", opina.
"Estamos evidenciando um fenômeno muito interessante: a propaganda ucraniana continua afirmando que a Ucrânia possui o segundo exército mais poderoso da Europa que a defende da assim chamada 'planejada agressão russa'", observa o ex-deputado.
Golub recordou que, recentemente, o Ministério da Defesa ucraniano prometeu que as Forças Armadas do país passarão por treinamento necessário e estarão completamente equipadas com armas e outros meios técnicos até 2020 e que sua estrutura será otimizada.
O governo da Ucrânia reiterou repetidas vezes que os acordos de Minsk são o único obstáculo que impede não apenas a tomada de Donbass e da Crimeia por tanques ucranianos, mas também o avanço ao território russo e a tomada de tais cidades como Rostov-no-Don e Belgorod, aponta Golub.
Por outro lado, devido à Ucrânia não estar em condições de recusar ajuda do exterior, os ucranianos se apressaram em solicitar a entrada de tropas estrangeiras à Ucrânia, ressalta o ex-deputado.
As autoridades da Ucrânia continuam realizando, desde fevereiro de 2014, uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) que, preocupadas com a política das novas autoridades do país, decidiram ficar juntas e formar a região de Donbass, rejeitando a legitimidade do novo gabinete de Kiev.