- Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Notícias sobre política, economia e sociedade do Brasil. Entrevistas e análises de especialistas sobre assuntos que importam ao país.

Diário de menina ajuda a entender a Joinville dos anos 1940

© Álbum de famíliaA menina Waltrudes com seus pais Ernst e Ruth Hardt
A menina Waltrudes com seus pais Ernst e Ruth Hardt - Sputnik Brasil
Nos siga no
Caderno de lembranças escritas em 1948 foi entregue aos descendentes da autora e vai ser exposto ao público em cidade catarinense.

Um caderno de lembranças da Joinville de 1948, que registrava memórias e dedicatórias para uma menina de nome Waltrudes, então com 9 anos de idade, escapou de ser incinerado e foi devolvido intacto à família. Quem o recebeu foi o filho de Dona Waltrudes, o empresário Kurt Kampmann, que conta à Sputnik Brasil:

"Na verdade, era um caderno que ela [Waltrudes] ganhou dos tios e em que na primeira página há uma dedicatória dos próprios tios. Esse caderno contém lembranças e dedicatórias das amigas de mamãe. Waltrudes entregava o caderno para as amigas e elas escreviam lembranças e recordações para ela. Há também mensagens dos tempos antigos de Joinville, que escreveram nesse caderno dela."

O caderno foi localizado há cerca de sete anos, quando estava prestes a ser incinerado, conforme relata Kurt Kampmann:

"O caderno foi encontrado junto com madeira encaminhada à indústria da porcelana [em Joinville]. Ele foi entregue a uma olaria, para queimar. Foi quando o filho do proprietário da olaria se deu conta de que, junto ao material, estava o caderno. Ele então separou o objeto, entregou à sua mãe, D. Neuza, que guardou o caderno por alguns anos. Até que, recentemente, ela decidiu publicá-lo no Facebook, na página chamada Joinville de Ontem. Foi então que uma repórter do jornal A Notícia de Joinville se interessou pelo fato, e isso desencadeou toda esta divulgação em torno do caderno. Com o auxílio de várias pessoas, D. Neuza começou a pesquisar como poderia restituir o caderno. Assim, teve início uma busca por algum familiar da D. Waltrudes ou por ela mesma."

Segundo Kurt Kampmann, Waltrudes morreu ainda jovem, aos 55 anos. Ela era uma pessoa muito querida e conhecida em Joinville, onde trabalhou no comércio, entregando em domicílios ovos, queijos e outros produtos. O pai de D. Waltrudes era dono de uma floricultura, na qual ela também trabalhou, e hoje a empresa (Flora Hardt) é administrada por Kurt e sua família.

De acordo com o empresário, o caderno de D. Waltrudes, que se tornou nacionalmente conhecido, poderá ficar exposto ao público dentro da própria floricultura. É uma possibilidade que a família está amadurecendo e que, segundo o empresário, tem tudo para se concretizar.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала