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Depois de Eike, até onde vai a Lava Jato?

© AFP 2023 / Yasuyoshi ChibaEike Batista, no centro, è visto em 18 de novembro de 2014 durante uma pausa em um tribunal do Rio de Janeiro
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A decretação da prisão do megaempresário Eike Batista pelo Juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, levou a Polícia Federal a deflagrar mais uma fase da Operação Lava Jato – a Operação Eficiência. Depois, o que virá?

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Eike vai se entregar, dizem os advogados. Falta dizer quando
Além de Eike Batista, o advogado Flávio Godinho também teve prisão decretada. Ambos são acusados de corrupção ativa. Foram igualmente expedidos mandados de prisão contra Álvaro Novis, Sérgio de Castro Oliveira, Thiago Aragão e Francisco Assis Neto, todos relacionados a Eike Batista, que ainda não foi preso por se encontrar no exterior.

Para o advogado criminalista Jonas Tadeu Nunes, professor de Prática Forense e de Direito Penal, estas ordens de detenção, dentro da Lava Jato, demonstram ser muito difícil estabelecer ou prever um prazo para o seu término.

Jonas Tadeu comentou para a Sputnik Brasil:

“Qual a origem destas prisões? O conteúdo de delações premiadas por parte de pessoas que estão presas e faziam parte do esquema criminoso apontado pelos membros do Ministério Público Federal. Ora, a cada delação homologada, a cada revelação de envolvimento de pessoas em atos ilícitos, começam uma nova investigação, um novo inquérito e um novo processo de apurações. Como os fatos se desdobram uns dentro dos outros, fica praticamente impossível prever o fim da Operação Lava Jato. Na minha opinião, ela atravessará todo o ano de 2017 e entrará, ainda, por 2018.”

Fernando Martins, advogado de Eike Batista, disse à Polícia Federal e aos jornalistas que o empresário “está tranquilo e vai se entregar” ao retornar dos Estados Unidos. As informações são de que Eike viajou com passaporte alemão (ele possui dupla cidadania) e teria se hospedado na Trump Tower, em Nova York, no apartamento de um advogado do Rio de Janeiro.

Já o advogado Sérgio Bermudes, que assiste Eike Batista nas causas cíveis, afirmou à imprensa que seu cliente está entre Nova York e Miami e viajou aos Estados Unidos para cuidar de um processo relacionado ao bloqueio de US$ 63 milhões em bens pela Justiça das Ilhas Cayman. A Justiça detectou a transferência desses valores a partir de uma instituição financeira dos Estados Unidos, e decidiu bloqueá-los por considerar sua origem suspeita.

Por sua vez, a Polícia Federal acionou a Interpol para a detenção de Eike Batista e sua imediata repatriação para o Brasil. Em resposta, a Interpol ativou o alerta de “difusão vermelha”, estabelecendo prioridade absoluta para a prisão do empresário onde quer que ele se encontre.

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