"Esse caranguejo foi descoberto pela mergulhadora e fotógrafa submarina profissional Ellen Muller. Quando o vi, logo o chamei de 'palito de caramelo', por suas patas e corpo terem a mesma cor do doce tradicional americano. A própria Muller decidiu batizar o caranguejo em honra da sua neta Molly", conta Rafael Lemaitre do Museu Nacional de História Natural de Washington, EUA.
Caranguejos-eremitas representam uma espécie incomum de artrópodes marinhos que vivem dentro de conchas de mariscos mortos, em vez de em suas próprias.
Estes caranguejos desempenham um papel importante na vida de ecossistemas limpando o fundo marinho de detritos e criando formas especiais de simbiose com anémonas-do-mar, cujos pólipos os caranguejos colocam sobre suas conchas para se protegerem de peixes e outros predadores.
Essa descoberta despertou o interesse do cientista e ele fez uma expedição ao mundo submarino da ilha na tentativa de apanhar alguns desses espécimes misteriosos.
As observações de Lemaitre confirmaram que esse caranguejo é eremita, recebeu o nome de Pylopaguropsis mollymullerae e representa uma nova espécie de crustáceos.
O cientista afirma que serão necessárias novas pesquisas desta espécie para desvendar mais mistérios das suas particularidades únicas.