Em entrevista à Sputnik, Boris Rozhin, analista político russo, especialista em questões militares e editor-chefe do centro informacional Kassad, explicou as verdadeiras razões da medida.
Ao comentar a decisão da Marinha britânica, Rozhin opinou que alguns países europeus "falham em dar conta da nova realidade".
Rozhin ressalta que "se trata das tentativas que visam impedir a normalização das relações com a Rússia".
O especialista comentou a recente histeria por parte dos britânicos referente ao porta-aviões russo Admiral Kuznetsov que estava retornando da sua missão na Síria à base no norte da Rússia através do Canal da Mancha. Rozhin recordou a declaração desrespeitosa do secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, que qualificou Admiral Kuznetsov como "navio de vergonha".
O especialista acrescentou que o porta-aviões britânico HMS Illustrous zarpou com destino à Turquia para desmontagem, deixando, assim, a ex-Rainha dos Mares sem alternativa em funcionamento.
Segundo Rozhin, o envio do destróier britânico ao mar Negro representa uma ação declaratória, uma forma de brandir as bandeiras.
No dia anterior, a edição Daily Mail informou que a ação "faz parte de um maior reforço militar britânico nas fronteiras russas para as décadas e veio após a primeira-ministra Theresa May ter informado aos políticos norte-americanos de que o Reino Unido e os EUA precisam se opor ao presidente Vladimir Putin".