Rápida expansão do Universo desafia modelo atual dos astrofísicos

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Os últimos dados enviados pelo telescópio Hubble indicam que o universo está se expandindo mais rápido do que antes, propuseram cientistas.

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A constante de Hubble, que leva o nome do famoso astrônomo norte-americano, Edwin Hubble, primeiro cientista a aplicá-la em 1929, demonstra quão rápido está se expandindo nosso Universo, estimando dados cruciais de escala, idade e densidade do mesmo.

Na última investigação, um grupo de astrônomos da H0LiCOW utilizou o Telescópio Espacial Hubble da NASA e o Telescópio Espacial Spitzer para estimar a velocidade atual de expansão do Universo.

© Foto / YouTube/screenshotTelescópio Hubble
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O valor estimado pela equipe H0LiCOW — 71,9 quilômetros por segundo por megaparsec — condiz com a estimativa do ano passado realizada pelo grupo ganhador do Prêmio Nobel Adam Riess, mas não corresponde ao valor estabelecido pelo satélite Planck da ESA em 2015.

"Você inicia com duas extremidades, esperando que elas se encontrem no meio caso todas as suas teorias e estimativas estejam corretas. Mas agora as duas extremidades não estão se encontrando no meio do caminho e queremos saber o porquê disso", disse Riess durante a missão do Hubble no ano passado.

Os astrofísicos sugerem que a discordância intrigante entre as estimativas pode ser explicada pela utilização de métodos diferentes.

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O grupo H0LiCOW analisou como a luz dobra o poço gravitacional (em física, um poço gravitacional é o campo potencial em torno de um corpo massivo, um tipo de poço potencial. Quanto mais massivo seja, maior e mais profundo é o seu poço gravitacional) de cinco galáxias, especialmente escolhidas devido a sua posição entre a Terra e quasares (objeto astronômico distante e poderosamente energético com um núcleo galáctico ativo) que são incrivelmente luminosos.

CC BY 2.0 / Observatório Europeu do Sul / QuasarRepresentação artística do quasar mais distante
Representação artística do quasar mais distante - Sputnik Brasil
Representação artística do quasar mais distante

Já a constante de Planck basea-se na observação da radiação cósmica de fundo, em outras palavras, analisa a luz que surgiu como resultado da grande explosão "Big Bang".

"A taxa de expansão do Universo começa agora a ser medida de maneiras diferentes e com tanta precisão que as discrepâncias reais podem apontar para uma nova física além do nosso conhecimento atual do Universo", declarou o ator principal desse novo estudo, Sherry Suyu do Instituto de Max Planck.

As divergências que ocorrem quando usamos a constante de Hubble é um novo desafio para o nosso entendimento do espaço e indicam que o universo, na verdade, é mais complicado do que imaginávamos.

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