Somália tem novo presidente com cidadania dos EUA

O presidente em exercício, Hassan Sheikh Mohamud, admitiu a derrota depois de seis horas e dois turnos de votação por parte de parlamentares. O ex-primeiro-ministro Mohamed Abdullahi Farmajo foi declarado o novo líder do país e rapidamente executou seu juramento de posse.

A eleição foi feita em um hangar de aviões fortemente protegido em Mogadíscio. 

"A história foi feita, tomamos este caminho para a democracia, e agora eu quero felicitar Mohamed Abdullahi Farmajo", disse Mohamud.

A pequena nação do Chifre da África está tentando montar seu primeiro governo central completamente funcional em um quarto de século. Marcada por conflitos entre facções religiosas e clãs tribais, a Somália não tem uma eleição democrática com um voto para cada pessoa desde 1969 — quando o pleito foi seguido por golpe, ditadura e confrontos envolvendo milícias de clãs e extremistas islâmicos.

A eleição deste ano ocorreu sob um forte esquema de segurança, em meio a ameaças do grupo extremista Al-Shabaab.

Entre 1989 e 1993, Farmajo completou um bacharelado em História pela Universidade de Buffalo, na Universidade Estadual de Nova York, nos EUA. Ele seguiu os estudos em 2009 com um mestrado em Ciência Política (Estudos Americanos) na mesma instituição, entregando uma tese intitulada "Interesse Estratégico dos EUA na Somália: Da Era da Guerra Fria à Guerra ao Terror".