Sendo assim, a maioria da material da Lua deveria ter sido provida de Theia, resultando, assim, na distinção das composições da Terra e da Lua. Distinguindo-a também de muitos outros astros do nosso Sistema Solar que são compostos por planetas telúricos e asteroides. Mas, na verdade, as composições da Lua e da Terra são muito parecidas.
Atualmente, planetólogos explicam tal semelhança através do grande impacto da Terra e Theia, fazendo com que a Lua surgisse da mistura de rochas terrestres e de Theia. Segundo os pesquisadores, após essa "catástrofe espacial", grande parte da matéria da futura Terra se evaporou, ficando alocada no espaço durante muito tempo. Mas essas explicações não passavam de teorias.
Foram explodidas cerca de 20 quilotoneladas de TNT, responsável pelo aumento de temperatura no seu epicentro e nos arredores que atingiu 1,3 mil graus Celsius e da pressão atmosférica 2.000 vezes mais alta do que a habitual, aproximando-se das condições de formação da Lua. Com a análise e registro detalhados das rochas encontradas no lugar da explosão, os pesquisadores acreditam ter encontrado um ambiente "simulador" do nascimento da Lua.
As rochas da Lua apresentam composição química semelhante, afirmam os cientistas que estudaram o solo do satélite natural trazido pelos astronautas da expedição Apollo.
"Assim, é evidente que as rochas da Lua se evaporaram no decurso da colisão com Theia, seu antepassado. Isso prova a teoria reconhecida da sua formação. Conseguimos tirar proveito de um evento histórico destruidor, que, mesmo tendo mudado o rumo de desenvolvimento da civilização para sempre, contribui para a ciência com dados exclusivos e extremamente importantes sobre o passado longínquo", concluiu Day.