"O documento controverso ‘não joga nas mãos da agenda’ de organizações terroristas como Daesh que estão tentando apelar 'àqueles que podem ser vulneráveis para recrutamento'", destacou Geddes.
"Há muita teoria por trás desta iniciativa, pois os países na lista não têm capacidades dentro de suas redes de inteligência de prestar assistência quanto ao aumento do nível de monitoramento para garantir que aqueles que chegam aos EUA não representam risco", opina Geddes.
Segundo ele, "a própria ideia não foi má", mas a maneira de execução foi "extremamente chocante" já que muitos postos de controle não estavam preparados para isso. É muito provável que terroristas possam ajustar, adaptar e ultrapassar vários obstáculos e restrições presentes, aponta.
Em 27 de janeiro, Trump assinou a lei intitulada "Proteção da Nação contra a Entrada de Terroristas Estrangeiros nos Estados Unidos", que proíbe a entrada de refugiados sírios nos EUA por 120 dias, reforçando as regras de entrada no país. Além disso, o decreto torna mais rígido o procedimento para obtenção de visto e suspende por 90 dias a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Iraque, Irã, Síria, Sudão, Iêmen, Líbia e Somália.
Em 4 de fevereiro, o Ministério da Justiça dos EUA apresentou uma apelação contra a decisão do tribunal em Seattle que suspendeu a ordem migratória de Trump. Em 9 de fevereiro, o tribunal decidiu manter a suspensão temporária da ordem executiva.