Jornalistas investigativos afirmaram ter descoberto o esquema que envolve quatro agentes econômicos. Para não comprar motores diretamente da Rússia, a empresa Ukrinmash (filial da empresa estatal Ukroboronprom) usa intermediários da Moldávia.
Foi dessa forma que uma empresa da Moldávia comprou 20 motores da fábrica russa Kamaz, que os transportou para as terras moldavas. Depois de alguns dias, a empresa moldávio-ucraniana revendeu os motores russos para a empresa Avtopresent, que, por sua vez, revendeu-os para uma empresa alemã que realizou o transporte dos mesmos para a Ucrânia.
Entretanto, o diretor de comunicações da empresa Kamaz afirmou ao serviço russo da rádio Sputnik que os representantes da empresa não estão envolvidos em tais fornecimentos.
"A Kamaz não fornece motores para a Ucrânia. Desde o ano de 2014, a Kamaz não coopera com representantes da Ucrânia desde o momento que os militantes do Setor de Direita (organização extremista proibida na Rússia) capturaram nossos caminhões. Depois de tal situação, desistimos de todas as nossas filiais na Ucrânia, não mantendo ligação alguma com a Ucrânia atualmente. O que se trata dos motores mencionados, ainda não sabemos como eles chegaram à Ucrânia e quais esquemas foram usados para isso. Além disso, posso acrescentar que a Kamaz não fornece motores para equipamento militar no exterior através de intermediários. Tais motores são controlados por órgãos especiais, sendo registrados", disse Oleg Afanasiev.
O funcionário da Kamaz acrescentou também que a cooperação entre a empresa e a Moldávia é exclusivamente civil e não militar.