O comentário segue a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pretende enviar tropas americanas e helicópteros Apalache à Síria no combate a terroristas.
"Se os americanos são genuínos [na intenção de ajudar], é claro, eles são bem-vindos, como qualquer outro país que quer derrotar e lutar com os terroristas", disse Assad.
"Não é uma ideia realística, de forma alguma […]. É muito mais viável, muito mais prático e menos dispendioso ter estabilidade do que criar zonas seguras", afirmou.
A ideia também é descartada pelas Nações Unidas, que consideram o cenário sírio — com múltiplas batalhas por vários campos militares e ideológicos diferentes — não é adequado para a promoção de zonas do tipo.
Renúncia
Provocado pela reportagem do Yahoo, Bashar Assad disse que não teria problemas em renunciar ao posto de presidente do país. Ele ressaltou, porém, que antes quer "derrotar os terroristas" e criar um "governo de unidade nacional".
O presidente também comentou sobre as denúncias de torturas e abusos aos direitos humanos em seu governo. Ao ser confrontado com fotos de supostos torturados pelo exército sírio, Assad disse que se tratava de "propaganda" e "notícia falsa".
Ele chega a mencionar as violações cometidas pelo reino da Arábia Saudita, ao que o jornalista Michael Iskoff o interrompe: "Tudo bem, mas não estou entrevistando o rei saudita agora, estou entrevistando você. Eu estou perguntando a você sobre relatórios que apontam casos de tortura em suas prisões, em seu país". Assad então rebate: "Você domina as perguntas e eu domino as respostas, então esta é a minha resposta. Quando você se perguntar sobre as relações [entre os Estados Unidos e a] Arábia Saudita, você pode questionar sobre isso".
Enquanto isso, a ofensiva militar contra os terroristas do Daesh continua. Com o apoio de forças aéreas da Rússia, o Exército Sírio finalmente destruiu um bastião terrorista na longa jornada para livrar Al-Bab dos jihadistas.