"Oficialmente não estamos presentes. Os políticos dizem que nós fomos retirados. Mas no Leste é outra coisa. Nós nos damos muito bem com os soldados. Temos um inimigo comum", declarou um dos combatentes do Setor de Direita ao jornalista americano.
O analista do Washington Post observa que no futuro os "voluntários" podem se tornar uma ameaça séria para Kiev. De acordo com ele, o governo ucraniano brinca com o fogo fechando os olhos à presença de radicais na zona de conflito.
"Os políticos temem que, quando guerra acabar, nós regressemos a Kiev e viraremos nossas armas contra eles. Nós seremos obrigados fazê-lo. É o nosso dever", confessou um dos combatentes.
Losh frisa que radicais de todas as partes do mundo vêm combater no Setor de Direita. Assim, o jornalista conseguiu falar com um neofascista italiano e um militante da extrema direita dos Países Baixos.
Em conclusão, o autor do artigo cita um dos voluntários:
"Precisamos de mais uma revolução. Os políticos continuam roubando. Não acreditamos neles."
Jack Losh considera que as declarações dos radicais revelam o espirito golpista que reina nas fileiras do Setor de Direita.
O Setor de Direita é um movimento que reúne uma série organizações radicais nacionalistas na Ucrânia. Em janeiro e fevereiro de 2014, membros do grupo participaram de confrontos com a polícia e da invasão de diversos prédios administrativos do país e, desde abril de 2015, promovem a repressão contra as milícias no leste da Ucrânia.