Em entrevista ao serviço russo da rádio Sputnik, Kharlamov explicou as razões pelas quais a Aliança não poupou dinheiro para acompanhar o Admiral Kuznetsov.
Segundo informou Kharlamov no seu artigo, "a escolta se tornou muito pesada e cara… para os integrantes da Aliança que pagam impostos".
Na opinião do autor do artigo, os oficiais militares da OTAN se dividem em duas categorias: os que tiram proveito da ilusória ameaça russa e os que consideram o ameaça como verdadeira, acreditando em sua existência.
"Os lunáticos não conseguem aplicar suas forças acumuladas durante anos e até décadas", ironiza Kharlamov.
Suas incursões no Oriente Médio e África são inúteis para a humanidade, incluindo sua parte ocidental "mais competente", e seu controle parcial de alguns depósitos de hidrocarbonetos não pode ser qualificado como sucesso global, acredita o autor.
"Qualquer bloco militar precisa de dinâmica e desenvolvimento; caso contrário se trata de mera existência. Devido à falta de condições naturais, tal dinâmica pode ser criada de maneira artificial. A missão do grupo naval russo perto da costa síria é uma ocasião muito oportuna para isso", explica Kharlamov.
Além disso, o especialista russo comentou a resposta de Artamonov a respeito das recentes informações da mídia mainstream sobre a fumaça saindo do porta-aviões Admiral Kuznetsov. Artamonov explicou que a fumaça do porta-aviões não é um sinal de mau funcionamento e que os navios da OTAN, de fato, também "emitem nuvens de fumaça", embora provavelmente não tão densa como o porta-aviões russo.
Neste sentido Kharlamov acrescenta que, os navios da OTAN, apesar dos bilhões investidos no desenvolvimento e produção dos mesmos, não garantem sua durabilidade.
Afinal, Kharlamov destaca que "o antigo navio russo completou a sua missão e se locomoveu para outra parte do globo, tendo retornado para o seu porto de origem".
"Nem tudo que brilha é ouro", conclui.
Na terça-feira (14), o comandante do Admiral Kuznetsov, Sergei Artamonov, informou que cinquenta a sessenta navios da OTAN escoltaram o porta-aviões russo durante a navegação do navio em direção às costas da Síria e na rota de regresso.