"Eu gostaria de destacar que essa atividade reside não no quadro da diplomacia tradicional do Estado, mas fora do Estado, feita por instituições, num quadro de cooperação jurídica internacional", declarou Menezes.
Segundo o advogado, as instituições participantes desse acordo deverão atuar com o objetivo de resgatar quantias desviadas pelos esquemas ilegais e também para detectar as ações dos responsáveis pelos crimes cometidos de acordo com a lógica de um mecanismo não tradicional no direito internacional.
"Eu diria que não é uma diplomacia. É uma paradiplomacia", afirmou.
"Essa ação foi inusitada, inédita e que deve ser aplaudida por toda a sociedade. Os malfeitores, sejam eles políticos, sejam representantes de empresas, terão agora mecanismos de investigação bastante fortes", opinou o professor Wagner Menezes. "Quando se utilizava de um estado ou de outro, eles acabavam criando um escudo protetor, com a possibilidade, por exemplo, de utilização de paraísos fiscais para esconder dinheiro oriundo de corrupção. Isso tem se modificado graças a esse tipo de iniciativa, graças a essas instituições", concluiu.