Equador realiza hoje (19) a primeira ronda das eleições, de que participam oito candidatos, enquanto a segunda está programada para o dia 2 de abril. O presidente do país, Rafael Correa, não está concorrendo às eleições pela primeira vez em mais de uma década.
Assange tem residido na embaixada do Equador em Londres desde 2012 por medo de ser extraditado para a Suécia por acusações de estupro. O fundador do WikiLeaks as nega.
Em particular, o ex-banqueiro Guillermo Lasso da aliança de direita Criando Oportunidades (CREO) disse que, caso seja eleito, ele insistirá que Assange saia da embaixada dentro de 30 dias. De acordo com pesquisas, Lasso é o principal rival de Lenin Moreno do bloco pró-governo Alianza PAIS.
Cynthia Viteri, do Partido Social Cristão (PSC), também afirmou que, sendo eleita, expulsaria Assange da embaixada.
Moreno não comentou sobre o assunto, mas o Ministério das Relações Exteriores disse que vai manter o asilo. Ao mesmo tempo, em novembro o acesso de Assange à Internet na embaixada foi restringido durante o período das eleições presidenciais dos Estados Unidos, de acordo com o ministério.
A fim de ganhar a eleição presidencial no Equador, o candidato deve obter mais de 50% dos votos dos votos ou não menos de 40%, com uma diferença de mais de 10% do rival. Se as condições não forem cumpridas, haverá o escoamento.
Antes da eleição, o Equador foi atingido por uma tempestade no Twitter: usuários de todo o mundo se juntaram a uma campanha para pressionar os candidatos de direita pedindo para não acabar com o asilo de Assange.
A campanha liderada pelo WikiLeaks e organizada a partir do Equador é executado sob a hashtag "ElMundoConAssange", traduzido como "o mundo está com Assange".
Support for Assange ahead of Sunday's Ecuadorian election where two leading candidates promise to have him arrested https://t.co/V23uSNEUO5
— WikiLeaks (@wikileaks) 16 de fevereiro de 2017
"No final, foi uma coisa linda — muita solidariedade", disse Felipe Ogaz Oviedo, que lançou a campanha no Equador, ao Telesur TV.
Ele acrescentou que a campanha também visava combater a "manipulação" com a história de Assange dos políticos de direita que o retratam como um criminoso a fim de ganhar votos.
— Julian Assange (@JulianAssange) 16 de fevereiro de 2017