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Câmara começa a conferir assinaturas do projeto contra a corrupção

© Divulgação/Câmara dos DeputadosForam recolhidas mais de 2,2 milhões de assinaturas nos estados em apoio ao projeto das dez medidas contra a corrupção
Foram recolhidas mais de 2,2 milhões de assinaturas nos estados em apoio ao projeto das dez medidas contra a corrupção - Sputnik Brasil
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A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em Brasília começa a conferir os dados cadastrais e assinaturas dos mais de 2,2 milhões de apoiadores ao projeto de iniciativa popular, conhecido como "10 Medidas Contra a Corrupção". O projeto foi proposto em março do ano passado pelo Ministério Público Federal (MPF).

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Presidente da Câmara Federal sinaliza que pode 'matar' medidas anticorrupção
De acordo com a Secretaria-Geral da Mesa (SGM), técnicos da Câmara vão visitar o espaço onde estão arquivados os documentos para fazer uma estimativa do tempo que vai ser necessário para que todas as informações sejam checadas. A Secretaria, no entanto, já afirmou que a conferência da veracidade de cada uma das assinaturas anexadas ao projeto não será feita.

Na semana passada, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) determinou que o projeto anticorrupção retornasse à Câmara após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux entender que antes de ser votada, a proposta deve passar por uma tramitação especial com a conferência das assinaturas e através de uma comissão geral, no plenário da Casa.

Depois da decisão do presidente do Senado, Rodrigo Maia decidiu conferir as assinaturas para resolver se o projeto anticorrupção vai retornar para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado onde estava desde a aprovação do projeto pelos deputados no final de 2016.

"À princípio a checagem confirmada, significa que o rito foi respeitado. O rito respeitado, aí a decisão junto com o presidente da CCJ de qual melhor caminho a ser tomado. Essa pode ser uma decisão", disse Maia.

Em dezembro de 2016, o  ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a tramitação do pacote anticorrupção, logo após ser aprovado pela Câmara. Para Fux, as alterações impostas ao texto pelos deputados alternou a essência do projeto não atendendo ao rito de tramitação específico que deve ser seguido referentes as propostas de iniciativa popular. Entre as alterações está, por exemplo, o aumento da punição a juízes e procuradores devido a abuso de autoridade.

Ao tomar conhecimento formal de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia determinou a conferência das assinaturas para atestar o caráter popular do projeto, o ministro do STF, Luiz Fux decidiu excluir o processo, que foi originado por ação proposta pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que tinha como objetivo anular as mudanças pela Câmara no texto original.


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