Verri é um dos parlamentares mais próximos da ex-presidente e tem acompanhado o gradual retorno de Dilma à vida pública. Ela, que à época do impeachment se dizia "cansada" e, mesmo com os direitos políticos preservados, se recusava a voltar à política parece estar disposta a testar novamente o capital político nas urnas.
"A presença da presidente Dilma como candidata pelo Rio Grande do Sul para deputada federal ou senadora faria uma diferença muito positiva para nossa chapa e também para o Brasil […]. Afinal de contas, temos a obrigação de apresentar um projeto alternativo ao Temer e ao mercado financeiro mundial que financia tanto seu governo. Então o papel da presidente Dilma seria muito importante", afirmou Ênio em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil.
"Acredito (que ela deva optar) pelo Senado, tem um número menor de participantes, tem um tempo maior para fazer debates do país. O Senado é um espaço adequado para uma pessoa do estofo da presidente Dilma para ela trazer aqui seus projetos e continuar denunciando o que está acontecendo no Brasil no dia de hoje", afirmou.
Trajeto político
O caminho até a efetivação de uma possível candidatura de Dilma, no entanto, passa necessariamente pela convenção nacional do PT, que acontece em junho deste ano. Nesta altura, o partido pretende oficializar Lula como candidato à presidência em 2018 e a ex-presidente será empossada no Conselho da Fundação Perseu Abramo, braço político e social do PT composto por pensadores e professores universitários.