Luta pelo petróleo sírio: quem vai se apoderar do 'ouro negro' do país?

© AP Photo / Maya AlleruzzoBombeiros apagam petróleo incendiado em Mossul, Iraque
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Por enquanto, parte do óleo cru sírio se encontra em territórios controlados pelo Daesh, é por isso que a produção do país não supera os 8 mil barris por dia, embora ele conte com cerca de 2,5 bilhões de barris de reservas, explica Viktor Katona, especialista do Conselho para Assuntos Exteriores russo, em um artigo publicado no site da entidade.

Entretanto, os sucessos do último ano, entre eles o apoio aéreo da Rússia ao exército de Bashar Assad, contribuíram para que o controle do Daesh diminuísse, diz a matéria.

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Entre outras coisas, os ataques aéreos da Rússia contra os caminhões cisterna jihadistas puseram fim às possibilidades desse grupo terrorista de comercializar o petróleo no resto do território sírio.

Durante os meses que se seguiram à libertação de Palmira nos finais de março de 2016, a Empresa Nacional de Petróleo da Síria lançou projetos nos arredores da cidade que, caso continuem com êxito e não caiam nas mãos dos terroristas, poderiam aumentar a produção petroleira do país.

Pouco a pouco, o governo sírio continua sua campanha para recuperar o país e, com isso, também os campos de gás e petróleo que lhe pertencem. Os mais importantes se encontram na região de Deir ez-Zor, junto ao rio Eufrates, e atualmente estão sob forte controle dos terroristas. Recuperá-los significaria vencer os islamistas por completo.

Porém, mesmo depois de acabar com o Daesh, a recuperação do país e da infraestrutura energética custará mais de 40 bilhões de dólares, mais de metade do PIB sírio. Atualmente, a extração de gás e petróleo contribui com apenas 3% para o PIB do país, explica o autor.

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Isto quer dizer que Damasco terá que pedir a colaboração de empresas estrangeiras dispostas a trabalhar com o governo de Assad no período pós-guerra. Desde 2011, tanto a Europa como os EUA proibiram totalmente as importações e o transporte do petróleo bruto sírio, por isso é improvável que Assad entregue concessões às empresas ocidentais para extração e refinamento do petróleo.

Ao mesmo tempo, o governo convidou a Rússia a realizar atividades de exploração na plataforma continental síria no mar Mediterrâneo, lugar que poderia ser tão rico em recursos como os territórios mais a sul. No entanto, realça o especialista, a tarefa principal atualmente é libertar a Síria do jugo terrorista.

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