Em janeiro, estações da Noruega detectaram a presença de radioiodo I-131, um isótopo radioativo que é um subproduto da energia nuclear e de certos processos médicos. Pouco depois do caso norueguês, a Finlândia, Polônia, Alemanha, República Tcheca, França e Espanha também relataram ter detectado a substância.
Entretanto, várias edições britânicas, como The Sun, Independent e outros, acusaram a Rússia, dizendo que os "militares de Vladimir Putin realizaram testes secretos de armas nucleares no Ártico".
Mais tarde, a mídia britânica disse que os EUA enviaram ao Reino Unido um avião WC-135 Constant Phoenix que detectaria as partículas radioativas e estudaria a origem delas.
Por sua vez, a Focus frisou que durante um teste nuclear ocorrem inevitavelmente ondas sísmicas e a emissão de diversas substâncias radioativas. Nada disso foi registrado. Além disso, a concentração extremamente baixa do iodo-131 na atmosfera também não apoia a versão da "bomba nuclear".
Segundo a Focus, não há nada de invulgar que na atmosfera se encontrem isótopos radioativos. Habitualmente, eles são descobertos durante um anticiclone persistente, como aconteceu na Europa em 2011. Na altura, a fonte de radioisótopos foi atribuída a uma avaria no Instituto de Isótopos de Budapeste.