Conhecido como 'Yes Califórnia', o projeto começou há quatro anos e tem como último objetivo a separação da Califórnia do resto dos EUA. No entanto, a ideia não tinha tido grandes avanços nos últimos anos, até que a vitória de Donald Trump lhe deu um novo impulso.
"Uns 10 anos atrás, alguns quiseram dividi-lo em cinco estados, ou seja, isso não é nada de novo. Não é um grupo que está com raiva porque Trump ganhou as eleições", explicou Sutton.
De acordo com a agência de notícias argentina Télam, para Sutton, a Califórnia deve ser "um país próprio", porque tem "um sistema de valores diferente", explicando que representa "a primeira economia" do país.
"Nós temos potencialidades na economia, indústria, recursos humanos, uma população diversificada e podemos sobreviver facilmente com nossas próprias forças", acrescentou o participante do movimento.
Este projeto independentista também é incentivado por motivos econômicos: a Califórnia é o estado que paga mais dinheiro em impostos ao Governo federal e, por cada dólar que entrega, recebe 78 cêntimos, o que representa uma perda anual de entre 60.000 e 70.000 milhões de dólares. Nesse sentido, Sutton assegurou: "nós temos os impostos mais altos do país, porque o dinheiro que enviamos não volta, então temos que compensar isso".
De acordo com o projeto, nos próximos 6 meses devem ser coletadas 600.000 assinaturas que validem a iniciativa e, em seguida, em um período similar os dados devem ser verificados e validados. Então, se a independência for aprovada em uma votação, a Constituição local terá que mudar.
Em conclusão ele se referiu ao apoio que o movimento tem entre a população, que, segundo ele, aumentou em cem por cento", a partir da chegada ao poder de Trump, assegurando que "só 1 em cada 10" pensa que eles estão "loucos". "Depois, há 4 em cada 10 que querem saber mais sobre como funcionaria o projeto, conhecer a logística, e, finalmente, 5 em cada 10 apoiam diretamente a nossa proposta".