"Se o México se deparar com isso como uma realidade, não como uma ameaça retórica (…), o governo mexicano terá que responder", disse o chanceler Luis Videgaray, em entrevista à Radio Formula na sexta-feira (24).
"A resposta não seria impor uma taxa geral sobre todas as importações provenientes dos Estados Unidos, porque isso prejudicaria o consumidor mexicano… nós o faríamos seletivamente", explicou o ministro.
Os dois países enfrentam a sua maior crise diplomática em décadas devido à insistência de Trump de que o México deve pagar pela construção de um muro ao longo de sua fronteira de 3.200 quilômetros.
Videgaray observou que, se Trump colocar tarifas sobre produtos mexicanos, atingiria os lares americanos que compram todo tipo de produtos do sul da fronteira, incluindo abacates, carros, telefones e eletrodomésticos.
O chefe da diplomacia mexicana disse ainda que seu país está aberto a discussões sobre "alguns aspectos" da promessa de Trump de renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) entre o Canadá, o México e os Estados Unidos, mas ressaltou que seu país não aceitará tarifas.