O site 38 North, que vigia as imagens de satélites comerciais para ter pistas sobre as atividades da Coreia do Norte, diz que a atividade continuada em Punggye-ri, mostrada pelas fotos tiradas em 18 de fevereiro, significam que há trabalhos em curso em muitos dos túneis do sítio.
"Particularmente, a movimentação de materiais e equipamentos, bem como as modificações adicionais na textura e padrões em pequenas seções do monte de resíduos [minerais] no Portal Norte indicam atividades contínuas dentro dos túneis de teste", diz o site.
"Estas atividades sugerem uma preparação constante e a manutenção deste portal para usá-lo no futuro durante um novo teste nuclear. Caso tal decisão seja tomada, a Coreia do Norte, provavelmente, prosseguirá com um teste nuclear em um futuro breve, embora continue desconhecido quando tal teste possa ser realizado."
Neste momento as tensões entre o Estado nuclear isolado e a maioria dos países do mundo são muito elevadas. Após o recente teste de um míssil de alcance intermédio norte-coreano, a China anunciou que iria cortar as importações de carvão do país, o que representa uma das últimas fontes de receita para Pyongyang.
O assassinato de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un, num aeroporto malaio, levou muitos a concluírem que as autoridades norte-coreanas estariam envolvidas, enquanto muitos responsáveis oficiais americanos apelam para que o estatuto do país seja revisto e ele passe a ser considerado como um Estado patrocinador de terrorismo.
A "fanfarronice" da Coreia do Norte, porém, continua. O país atacou o Japão por seus "passos em direção a uma invasão estrangeira" em um editorial da Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).
O Japão, junto com os EUA, planeja realizar exercícios militares conjuntos no próximo mês. A Coreia do Norte fica sempre impaciente quando Tóquio treina a intercepção de seus mísseis, que Pyongyang costuma lançar para o mar do Japão.
"Os passos dados pelo Japão após o lançamento teste do Pukguksong-2 norte-coreano estão sendo ridiculizados pela comunidade internacional como tentativas bobas de realizar suas ambições de uma invasão estrangeira sob pretexto do mencionado lançamento de teste de mísseis [por parte da Coreia do Norte]", frisa a KCNA, se queixando também das supostas capacidades nucleares japonesas.
"É um objetivo japonês alcançar a posição de potência líder na Ásia, mesmo oferecendo todo seu arquipélago como uma base avançada dos EUA para que estes invadam o continente, seguindo entusiasticamente sua política hostil em relação à RPDC. Os reacionários japoneses, porém, não devem cometer erros de cálculo", alerta Pyongyang.