"A decisão de deixar (o Conselho) seria um passo errado míope e que poderia prejudicar significativamente os esforços da ONU para proteger os direitos humanos em todo o mundo", disse Charbonneau, em um comentário publicado no site da HRW.
A possível saída do Conselho de Direitos Humanos não beneficiaria os Estados Unidos em absoluto e só diminuiria sua influência na cena internacional, alertou.
Esta medida, de acordo com Charbonneau, daria aos "violadores de direitos humanos em série como a China e a Arábia Saudita luz verde para tirar proveito da sua adesão (ao Conselho) para obstruir e impedir" o seu trabalho.
Estas declarações do gerente de HRW vêm depois que a revista Politico relata que a administração do presidente Donald Trump pretende se retirar do órgão. De acordo com fontes da mídia, os EUA poderiam decidir dar esse passo porque a entidade teve um impacto sobre a adoção da resolução da ONU que declarou assentamentos ilegais e apelou a Israel para que cessem imediatamente toda a construção ou expansão desses assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Quando ainda era presidente eleito, Donald Trump criticou duramente a abstenção dos EUA a esse documento, aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU em 23 de dezembro.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas é o organismo internacional para a promoção e proteção dos direitos fundamentais do ser humano e é considerado como um órgão de apoio da Assembleia Geral da ONU.