"Acontece que a equipe de Obama não só ajudava os jihadistas, mas também os integrantes da Al-Qaeda, que mataram mais de três mil cidadãos americanos", assinalou.
Na opinião de Ruyabkov, o maior problema na Síria não é a questão de Assad, mas o terrorismo internacional. Segundo ele, o principal obstáculo deixado por Obama nos contatos com a nova administração "são as restrições à interação plena entre os militares".
De acordo com ele, desde 2014 os EUA recorreram às sanções contra a Rússia 30 vezes.
O vice-chanceler russo fez esta declaração ao discursar na Duma de Estado da Rússia (câmara baixa do parlamento russo) durante a mesa redonda "Relações Russo-Americanas: Realidades e Perspectivas".
"Na onda das acusações difamatórias contra a Rússia sobre a intervenção no processo eleitoral, a administração Obama aqueceu até o limite a histeria russófoba, até recorrendo a uma medida como o fechamento do acesso às nossas propriedades em Washington e Nova Iorque", destacou.
Ao mesmo tempo Ryabkov sublinhou que as relações entre a Rússia e os EUA se encontram em seu ponto mais baixo desde a Guerra Fria, acrescentando que a situação atual dos laços bilaterais "deixa muito a desejar".
Segundo ele, "Barack Obama e o seu círculo próximo começaram a fomentar a tensão, e em seguida – a confrontação com a Rússia muito antes da crise na Ucrânia".
Finalmente, Ryabkov frisou que Moscou julgará o grau de interesse dos EUA no diálogo com a Rússia pelas suas ações concretas, mas que será muito difícil ultrapassar a "herança" de Obama.