Que papel teve Rússia na investigação da morte do meio-irmão de Kim Jong-un?

© REUTERS / THOMAS PETERRetrato de Kim Jong-nam na revista chinesa, 27 de fevereiro de 2017
Retrato de Kim Jong-nam na revista chinesa, 27 de fevereiro de 2017 - Sputnik Brasil
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A mídia sul-coreana informa que Seul pediu ajuda à Rússia para deter os supostos responsáveis pelo assassinato de Kim Jong-nam, irmão do líder norte-coreano, mas o pedido foi rejeitado.

Transmissão da notícia sobre morte de Kim Jong-nam, irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un - Sputnik Brasil
Intoxicação de Kim Jong-nam não significa que Coreia do Norte possua arma química
Um homem com passaporte em nome de Kim Jong-chul morreu em 13 de fevereiro no aeroporto de Kuala Lumpur (capital da Malásia) depois de ser assaltado por duas mulheres. Mais tarde as autoridades da Malásia confirmaram que morto era o meio-irmão de Kim Jong-un, mas o exame genético ainda não foi realizado.

No rosto de Kim Jong-nam foram encontradas marcas da substância química VX. Seul está seguro de que o assassinato foi efetuado por ordem da Coreia do Norte.

A polícia de Malásia estabeleceu que quatro cidadãos norte-coreanos, suspeitos de conivência no crime, deixaram imediatamente país. Eles usaram voos através de Jakarta, Dubai, Moscou e Vladivostok.

"Para impedir sua chegada a Pyongyang, os serviços secretos pediram ajuda à Rússia para estabelecer a localização exata deles", escreve a revista JoongAng Daily, se referindo a uma fonte nos círculos diplomáticos.

TV screens show pictures of Kim Jong Nam, the half-brother of North Korean leader Kim Jong Un, at the Yongsan Electronic store in Seoul, South Korea, Wednesday, Feb. 15, 2017 - Sputnik Brasil
Mais pessoas podem estar envolvidas no assassinato do irmão de Kim Jong-un
"Mas o lado russo não acedeu ao pedido e deixou que eles [os supostos criminosos] saíssem do país", afirma o interlocutor da edição sul-coreano.

"Visto que na primeira etapa de investigação não havia progresso significativo e os suspeitos tinham passaportes da Coreia do Norte, a Rússia não tinha motivos para cumprir o pedido dos serviços secretos sul-coreanos", acrescentou a fonte.

Mais tarde, chancelaria da Rússia desmentiu a informação divulgada pela mídia sul-coreana e afirmou que nenhum pedido oficial foi apresentado.

"A investigação do incidente com cidadão norte-coreano no aeroporto de Kuala Lumpur está sendo realizada pela Malásia. Não foram apresentados dados reais sobre conivência dos cidadãos da Coreia do Norte ao incidente, bem como o pedido da sua detenção por parte dos órgãos competentes", declarou representante da chancelaria russa à Sputnik.

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