A Marinha indiana propôs um novo plano que visa garantir o seu domínio na região do Oceano Índico até 2020, como parte da nova arquitetura de segurança recentemente discutida pelo primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o conselheiro de segurança nacional Ajit Doval e outros dirigentes do país.
Atualmente, a Marinha da índia carece de força operacional mínima em todos os domínios, embora tencione alcançar a superioridade nos próximos três anos. A Frota indiana é composta por 13 submarinos e um único porta-aviões, o INS Vikramaditya, enquanto precisa de pelo menos 24 submarinos para manter um nível mínimo de potencial. O próximo porta-aviões está sendo construído nos Estaleiros de Cochin.
"O novo submarino será chamado Vikrant. De acordo com o contrato com os Estaleiros de Cochin, o navio iniciará os ensaios até o final de 2018 ou início de 2019", disse o vice-almirante indiano Girish Luthra.
Em 2017, a Marinha espera que os dois tão aguardados submarinos da classe Scorpene sejam comissionados. Dos 13 submarinos, metade deles são usados de forma limitada ou foram mantidos como reserva.
A força submarina será reduzida ainda mais quando o INS Sindhurakshak for desmantelado nos próximos meses. A Marinha indiana não só carece de um nível mínimo de potencial, como a maioria dos seus submarinos está em serviço há mais de 25 anos, tendo o seu período de vida útil sido prolongado.
"Os novos helicópteros deveriam ter sido integrados até 2008-2009, mas ainda não chegaram. Os navios, tais como o INS Chennai, o INS Kochi e o INS Delhi já estão comissionados, mas sem helicópteros novos. A demanda é superior a 100 (helicópteros) e temos uma exigência de serem helicópteros multifuncionais com equipamentos antissubmarino, anti-superfície e sonares. Não se trata de saber quando nós queremos, nós já cruzamos essa linha. Atualmente, estamos usando velhos helicópteros Sea King para algumas das missões", disse Luthra.
A Marinha também está procurando um novo helicóptero utilitário para substituir o Chetak, que está ficando obsoleto.
"A Índia precisa de três porta-aviões, porque, a qualquer momento, um deles pode ser reformado ou entrar em reparação; pelo menos dois devem estar disponíveis para resolver problemas durante emergências imprevistas", disse o capitão da Marinha Gurpreet Khurana à Sputnik.
A região do Oceano Índico está se tornando cada vez mais importante para os interesses econômicos e de segurança da China, forçando Pequim a intensificar sua presença no "quintal de Delhi". Segundo os analistas, esta presença irá continuar crescendo. O plano indiano de superioridade naval vem em uma altura em que a China e o Paquistão continuam a dar passos rápidos em seus laços navais.