Nascida na Índia mas com cidadanias portuguesa e norte-americana, a ex-espiã foi condenada em 2009, à revelia, pela justiça italiana, por participação no sequestro do clérigo egípcio Abu Omar, ocorrido em 2003, em Milão. Em 2015, acabou sendo detida em Lisboa quando tentava fugir para a cidade indiana de Goa. Embora tenha sempre se declarado inocente, ela seria extraditada hoje para a Itália.
O gesto de Mattarela levou as autoridades milanesas a revogarem a ordem de detenção expedida contra Sousa, o que levou à sua libertação. Com o perdão parcial do presidente italiano, a pena de quatro anos que pesava sobre ela passa agora para três anos. De acordo com o seu advogado, Manuel Magalhães e Silva, na prática, isso significa que a prisão da condenada poderia ser substituída por uma punição alternativa, como serviços comunitários, o que já está sendo requerido.
"É uma vitória. Significou que, ao fim de todos este anos, é possível que ela esteja finalmente livre. Valeu a pena vir para Portugal", disse o advogado, citado pela mídia portuguesa.