Justiça absolve ex-presidente do Egito de ter matado manifestantes em 2011

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O Tribunal de Cassação egípcio absolveu hoje o ex-presidente Hosni Mubarak por acusações de cumplicidade em mortes de manifestantes durante as manifestações de 2011 que culminaram com sua queda, informou a imprensa local.

O veredito é final e não cabe mais recursos no caso, informou o jornal Youm7.

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Em junho de 2015, o tribunal recebeu a queixa do Procurador Geral sobre a absolvição e ordenou um novo julgamento. Todos os outros réus, incluindo o ex-ministro do Interior Habib Adly, foram finalmente absolvidos.

Em 25 de janeiro, o Egito marcou o quinto aniversário da Primavera Árabe que levou à renúncia do presidente Hosni Mubarak depois de 30 anos no comando do país.

Cronologia

A agitação no Egito começou com uma manifestação de paz em 25 de janeiro de 2011 em torno do aumento do salário mínimo, da demissão do ministro de assuntos internos e da democratização da sociedade. As manifestações aconteceram, em grande parte, pacificamente, mas os confrontos estouraram em Suez, onde sangue foi derramado.

Nos dias seguintes, centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas. A polícia não conseguiu manter os protestos maciços sob controle e efetivamente se afastou. Mubarak um toque de recolher e tropas do governo entraram em cidades egípcias. Os confrontos continuaram, com manifestantes atacando delegacias de polícia, esmagando carros, saqueando e incendiando lojas e instituições governamentais.

Depois de dias de protestos em massa, o presidente Mubarak renunciou e entregou o poder ao Conselho Supremo das Forças Armadas em 11 de fevereiro de 2011. Pelo menos 800 pessoas foram mortas e vários milhares de feridos durante os protestos e revoltas subsequentes.

Mubarak já tinha escapado da pena marcial no ano passado. A condenação por corrupção, porém, continua valendo.

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