"Nós não temos dúvidas de que nossos parceiros ocidentais querem ajudar aqueles que estão em uma situação terrível. No entanto, essa política de sanções obviamente contradiz o seu desejo de aliviar o sofrimento dos sírios. Esperamos que o senso comum e a compaixão prevaleçam sobre considerações políticas e ideológicas em Bruxelas, e que as sanções sejam levantadas em breve", afirmou o serviço de imprensa da embaixada.
Cerca de 13,5 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Síria, sendo quase metade delas crianças. Aproximadamente, 4,5 milhões vivem em lugares de difícil acesso e meio milhão estão presas em áreas sitiadas, sem acesso a alimentos, água, eletricidade ou itens médicos, segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU.
De acordo com a Rússia, as medidas restritivas dificultam, entre outras coisas, a aquisição de remédios, materiais e equipamentos extremamente necessários. E, além disso, até as atividades das agências humanitárias e de caridade sírias são afetadas, "sob o pretexto de que elas estão ligadas a pessoas do círculo do presidente Bashar Assad".
"A Rússia se opõe veementemente às sanções impostas pela UE à Síria, que já prejudicaram significativamente a sua economia e tiveram um impacto negativo no bem-estar dos sírios em geral. Além das perdas econômicas, as restrições criaram sérios obstáculos à reconstrução do país, destruído, e ao restabelecimento da capacidade do governo de prestar serviços à população civil."