Os dados continham seis arquivos: um filme francês de 1895 dos irmãos Lumière, chamado “A Chegada de um Trem na Estação de Ciotat”, um trabalho de pesquisa científica de 1948, um sistema operacional de computador, um vale-presente da Amazon de US$ 50, uma foto e um vírus de computador.
O estudo relatou que os pesquisadores conseguiram recuperar seus arquivos do DNA sem nenhum erro. A Rádio Sputnik International conversou sobre o assunto com o Dr. Yaniv Erlich, professor assistente de ciência da computação na Universidade de Columbia.
"Nós geramos mais e mais dados sobre nós mesmos e há uma crescente demanda para ter melhores dispositivos de armazenamento. Vemos uma espécie de desaceleração na taxa de inovação no campo do armazenamento normal e tradicional na mídia magnética", disse Erlich.
"Essa é a escolha da evolução. Ela viabilizou a informação mais importante, que é basicamente o modelo de nossa vida. Então nós mostramos que podemos colocar essa informação no DNA, otimizar e ficar muito perto da configuração ótima de dados sobre o DNA e recuperar essa informação sem nenhum erro", explicou o professor.
Ainda de acordo com Erlich, grandes centros de dados, como a Amazon, a IBM ou o Google, querem manter informações por um período mais longo de tempo e aproveitar as vantagens do pequeno tamanho do composto de DNA.
Sobre o futuro desta tecnologia, Erlich disse que, atualmente, ela ainda é muito cara, de modo que não pode ainda competir com o disco rígido (hard drive). No entanto, conforme visto anteriormente em outros tipos de aplicações biológicas, pode ser possível alcançar resultados similares de corte de custos também neste caso.