O general norte-americano aposentado manifestou a sua preocupação pelo fato de, em termos de ritmos de modernização, as forças armadas russas e chinesas ultrapassarem o exército norte-americano. Os investimentos do Pentágono não têm tido o efeito esperado, disse.
Durante várias décadas o Pentágono investiu especialmente nos contingentes envolvidos no conflito no Oriente Médio, refere o general. Isto passou por novos helicópteros, aviões e munições destinados ao combate contra os terroristas.
"A Rússia possui o tanque de combate T-14, dotado de um sistema de defesa ativa e de uma torre que protege mais a tripulação. São coisas que nós não temos, a blindagem. É um tanque que gostaríamos de ter até 2030", precisou o general.
O militar ficou também impressionado com os sistemas antiaéreos russos, nomeadamente o sistema de mísseis terra-ar S-400, com um alcance de 400 quilômetros. Segundo ele, os EUA não podem mais garantir a superioridade aérea nas regiões onde este sistema é deslocado.
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— Military Photo Video (@MilitaryPhotosV) 5 de março de 2017
"É impossível ser superado, é assustador nos locais onde é implantado", disse Wesley Clark.
"Criamos sistemas de altas tecnologias, mas eles possuem elementos vulneráveis", reconhece o general.
Ele chega a uma conclusão pouco otimista: para corrigir a situação, o Pentágono deve continuar investindo ainda mais nas Forças Armadas.
Na semana passada o presidente norte-americano Donald Trump propôs aumentar em 54 bilhões de dólares as despesas do Pentágono em 2018 para responder às ameaças atuais no mundo. Um dia depois ele aumentou a soma para 84 bilhões.
Em uma entrevista para o Fox News, Donald Trump se comprometeu a aumentar o orçamento militar em 54 milhões de dólares.