De acordo com o projeto de lei apresentado pelo líder kosovar, "a transformação da Força de Segurança do Kosovo (KSF) em um exército é um passo normal de um Estado soberano e independente".
"Tal transformação natural legal é totalmente constitucional e necessária para que a KSF comece formalmente o processo de adesão à OTAN", acrescentou Thaci, citado pela AP.
A chanceler sérvia, Ivica Dacic, disse que Belgrado se opõe à proposta e usará todos os meios políticos disponíveis para impedi-la.
O Kosovo declarou unilateralmente sua independência da Sérvia em 2008, apesar do ato não ter sido reconhecido por Belgrado.
A KSF, criada em 2009, tem hoje cerca de 4.000 soldados regulares e 2.500 reservistas. Segundo a AP, o plano de Thaci é aumentar esses números para 5.000 soldados regulares e 3.000 reservistas.
O presidente também disse que as forças militares internacionais posicionadas no território kosovar desde 1999, após a intervenção da OTAN, permanecerão em seus postos.
A declaração unilateral de independência do Kosovo, que a Sérvia continua a considerar como uma violação de sua Constituição, soberania e integridade territorial, foi aceita por mais de 100 países depois de sua proclamação, em 18 de fevereiro de 2008. No entanto, muitos não reconhecem o Kosovo como um Estado independente, entre eles Brasil, Rússia, Espanha, China e Índia, entre outros.