Até agora, o "perigo russo" viria por terra ou pelo ar, os mares não eram considerados. A omissão foi reparada com este relatório de dois ex-comandantes da OTAN advertindo contra o reforço do arsenal naval russo, que alegadamente ameaça a sobrevivência dos próprios países ocidentais.
"O reforço da Frota russa 'ameaça o Ocidente'. Existe o perigo de que as embarcações e submarinos possam realizar ataques marítimos para paralisar a Europa", se lê no artigo publicado no Daily Mail. As palavras fortes entre aspas são citações retiradas do relatório sobre a pretensa ameaça russa, desta vez naval.
Segundo o relatório publicado pelo instituto norte-americano RUSI (Royal United Services Institute for Defence and Security Studies, em inglês), a Aliança Atlântica deve se preparar para a guerra híbrida que vai ser iniciada pela Rússia. Parece um verdadeiro filme de terror, né?
Today @RUSI_org publishes paper on #NATO and the North Atlantic: Revitalising Collective Defence https://t.co/hFW9QNS22b pic.twitter.com/FgqUZVfxjo
— RUSI (@RUSI_org) 6 de março de 2017
O jornal também informa que a Frota russa poderá minar o controle marítimo e representar uma ameaça direta para os países ocidentais.
"Os ataques secretos submarinos visam os cabos de telecomunicações submarinos no oceano ou os terminais na costa, ameaçando o fluxo global de informação e de recursos financeiros", indica o relatório.
Para além disso, a adoção de novos tipos de submarinos e mísseis do longo alcance poderá constituir uma "mudança radical" preparada por Putin.
Tais opiniões geniais pertencem aos ex-comandantes da OTAN almirante James Stavridis e general Philip Breedlove, que escreveram vários capítulos do relatório. Eles alertam os leitores para míticas missões secretas realizadas por "pequenos marinheiros azuis", semelhantes aos assim-chamados homenzinhos verdes envolvidos nos acontecimentos da Crimeia em 2014.