Opinião: Porta-aviões mais recente dos EUA tem problemas sérios

© Foto / Wikipedia/Marinha dos EUAUSS Gerald R. Ford
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O presidente dos EUA Donald Trump elogiou o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o projeto mais recente e dispendioso do Pentágono, o classificando como “grande símbolo do poder dos EUA”, mas o analista militar Roger Thompson comunicou ao serviço inglês da Rádio Sputnik que o navio tem problemas.

"O Gerald R. Ford tem grandes problemas. Estes porta-aviões recentes são demasiado caros e surgem com atraso. Não estou exagerando quando afirmo que metade dos sistemas deles não funciona adequadamente. Seus pilotos têm uma longa tradição de não ser bem qualificados em manobras de combate aéreo. Meu livro mostra a extensão dos prejuízos durante exercícios de combate aéreo simulado em comparação com pilotos da Grã-Bretanha, Canadá e Austrália por exemplo. É um grande problema", acrescentou o analista Roger Thompson ao serviço inglês da Rádio Sputnik

Thompson, que é professor da Universidade de Kyung Hee da Coreia do Sul, comunicou que Trump desconhece a realidade se ele afirma que este porta-aviões é uma obra de arte da engenharia. 

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O analista militar expressou o seu conhecimento profundo sobre o estado da Marinha dos EUA no livro Lessons Not Learned: The US Navy’s Status Quo Culture (Lições não Aprendidas: Cultura do Status Quo da Marinha dos EUA). Ele afirma no livro que o porta-aviões é "uma coisa do passado" e "uma relíquia da Segunda Guerra Mundial", chamando o Pentágono a se focar em navios que sejam mais adequados para as realidades modernas. 

"Eles tentam reviver os seus dias gloriosos da Segunda Guerra Mundial, quando EUA combatiam contra o Japão, porta-aviões contra porta-aviões, a Batalha de Midway", adiantou ele, acrescentando que Washington parece considerar que "a grande guerra recente em que eles combateram" vai se repetir. "Nenhuma grande potência mundial possui tais porta-aviões. Os japoneses não têm porta-aviões. Alguns países que tinham porta-aviões, como o Canadá e a Austrália, acabaram por os abandonar porque eles não eram eficazes em termos de custos", comunicou Thompson. 

​O analista militar precisou que a Marinha dos EUA vai manter pelo menos 11 porta-aviões em regime operacional. 

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Além do mais, se acumulam indícios de que os porta-aviões da Marinha dos EUA são cada vez mais vulneráveis a submarinos e novas armas antissubmarino. 

"Muito pouco foi feito contra a ameaça submarina, mas eu tenho lido que os porta-aviões podem receber armas laser[…]para abater mísseis do inimigo. O problema é que os EUA têm a grande tradição de não testar adequadamente as suas armas. Por isso, pode parecer uma arma maravilhosa mas, se não for testada, pode não funcionar adequadamente contra uma grande quantidade de mísseis. A defesa antissubmarino continua sendo fraca", explicou Thompson. 

O analista militar acrescentou que as capacidades antissubmarino dos EUA foram comparadas com as de outros países como o Reino Unido e o Canadá, que se destacam neste domínio. 

Thompson criticou a Marinha dos EUA, acrescentando que ela tem "cultura corrupta e muito disfuncional".  

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