Em uma entrevista à Sputnik China, o especialista militar russo Vasily Kashin comentou os planos da China para a produção de VANT.
Até agora, a CASIC estava representada no mercado por seus drones táticos de série WJ, umas máquinas relativamente simples. Estes drones parecem mísseis de cruzeiro reutilizáveis com equipamento de inteligência em vez de ogivas nucleares. Eles podem ser usados para tais tarefas como a designação de alvos e correção de tiro ou avaliação dos resultados de ataques realizados. Se necessário, eles podem ser usados como simuladores de alvos aéreos em exercícios de defesa antiaérea. Algumas versões podem ser equipadas com ogivas e realizar funções de ataque.
A criação de um tal aparelho pouco visível e a sua entrada em serviço pode melhorar significativamente a capacidade das tropas chinesas para realizar operações de combate na região do Pacífico. Para dissuasão dos EUA a China depende de vários tipos de mísseis balísticos e de cruzeiro antinavio. Em conjunto com os mísseis balísticos antinavio, tais aparelhos podem representar uma enorme ameaça para as forças navais inimigas no ocidente do Oceano Pacífico.
Outra prioridade declarada pela CASIC é um drone para ação na estratosfera e para além dela, provavelmente com acesso ao espaço próximo (a altitudes superiores a 100 km), o mais provável, é uma opção colateral aos trabalhos sobre novos tipos de mísseis de cruzeiro e, aparentemente, hipersônicos. O dispositivo será possivelmente proposto ao Exército Popular de Libertação da China como um meio de inteligência estratégica. A adoção de um sistema tão complexo vai exigir enormes despesas adicionais e será acompanhada por riscos técnicos. O destino deste projeto pode ser considerado mais nebuloso.