De norte ao sul, escolas (públicas e particulares), universidades, centros de saúde, transporte público e vários outros serviços ficaram sem funcionar como medida de repúdio à reforma na previdência, que pretende aumentar o tempo mínimo de contribuição e idade para quem vai se aposentar. Em vários pontos, os manifestantes fecharam rodovias exigindo o cancelamento da tramitação do projeto.
Confira as consequências em alguns estados:
Distrito Federal
A sede do Ministério da Fazenda foi ocupada nesta madrugada por sem-terra. Além disso, a Esplanada dos Ministérios foi tomada por cerca de 10 mil manifestantes, de acordo com a Polícia. Professores do estado iniciaram greve por tempo indeterminado nesta quarta.
Espírito Santo
Palco de uma caótica greve militar no início deste ano, o Espírito Santo mais uma vez registra paralisação de policiais. A União dos Policiais do Brasil protesta em frente a Assembleia Legislativa capixaba, congestionando várias vias da capital do estado, Vitória.
Mato Grosso
Vários segmentos públicos pararam as atividades, incluindo 30% agentes penitenciários e 100% dos professores de acordo com o sindicatos das categorias. Não foram reportados bloqueios até o momento.
Minas Gerais
As estações de metrô na cidade de Belo Horizonte ficarão fechadas ao longo de todo o dia. Mais de 20 escolas particulares e toda a rede de ensino municipal e estadual pararam. Hospitais públicos e UPAs funcionam com presença mínima de trabalhadores (30%). As rodovias BR-381 (uma das mais importantes do estado), BR-262 e BR-116 foram interditadas por manifestantes. Bancos e agências dos Correios não abriram em algumas cidades do interior.
Rio de Janeiro
Manifestações por toda a zona sul do Rio de Janeiro deixaram o trânsito complicado na capital fluminense. A Intersindical Portuária Sindical interditou a Avenida Brasil, causando transtornos para quem saía para trabalhar. O metrô funciona normalmente e os ônibus, apesar de terem ameaçado iniciar paralisação ontem, também circulam. Agentes penitenciários também cruzaram os braços em Bangu, impedindo a visita aos presos.
São Paulo
Com funcionamento parcial do metrô (algumas estações estão desativadas) e sem nenhum ônibus circulando até as 9h da manhã, São Paulo registrou um dos seus maiores engarrafamentos: foram 200 quilômetros de lentidão em toda a cidade. A situação foi tão caótica que a prefeitura abriu mão do rodízio de carros ao longo de todo o dia. Escolas foram fechadas nas cidades de Campinas, São José do Rio Preto, Araçatuba, Itapetinga, Piracicaba, Capicavi, São Pedro e Limeira. Carteiros também estão de greve no Vale do Paraíba.